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Depressão em idosos: da síndrome do ninho vazio ao medo da morte


Depressão em idosos: da síndrome do ninho vazio ao medo da morte

A terceira idade chega com muitas limitações físicas, com isso a propensão à depressão é maior. Entenda os motivos disso e como dar a volta por cima


Após a menopausa a vida fértil da mulher acaba e ir ao ginecologista passa a não ser mais necessário, certo? Aquela relação de anos acaba abruptamente assim que os óvulos passam a ser inviáveis, logo após a menopausa.


Não, não e não! Sua ginecologista é a profissional que cuida da sua saúde enquanto mulher em todas as fases, não apenas para te ajudar a ter bebês ou evitar bebês. Sua médica deve ser sua parceira em qualquer tratamento e em todas as dinâmicas da vida, diagnosticando problemas que podem não ser encontrados fisicamente, mas que quando contextualizados podem aparecer e atrapalhar outras questões.

As diferenças entre a depressão em pessoas idosas e jovens

A depressão afeta as pessoas idosas de maneira diferente das pessoas mais jovens. Nos idosos, a depressão ocorre frequentemente associada a outras doenças e deficiências médicas e por isso tende a durar mais tempo. Isso é especialmente marcado por fatores como a aposentadoria, a menopausa e a saída dos filhos de casa, a chamada síndrome do ninho vazio.


O risco aumentado de depressão em pessoas da terceira idade também está associado a um risco aumentado de doenças cardíacas e de morte por doença. Ao mesmo tempo, a depressão reduz a capacidade de reabilitação de uma pessoa idosa. Estudos de pacientes em casas de repouso com doenças físicas mostraram que a presença de depressão aumenta substancialmente a probabilidade de morte por essas doenças. A depressão também tem sido associada ao aumento do risco de morte após um ataque cardíaco. Por esse motivo, é importante garantir que uma pessoa idosa com a qual você se preocupe seja avaliada e tratada, mesmo que a depressão seja leve.


Usando uma série de perguntas padrão, a ginecologista mesmo pode fornecer uma triagem eficaz para a depressão, permitindo um melhor diagnóstico e encaminhamento para profissionais da área de saúde mental, como psiquiatras e psicólogos. Os médicos são incentivados a rastrear rotineiramente a depressão. Viu só por que é importante continuar indo regularmente à sua gineco?


Suicídio entre idosos

A depressão também aumenta o risco de suicídio. Segundo um estudo realizado em 2018 pelo Ministério da Saúde, a maior taxa de suicídios no Brasil acontece com pessoas com mais de 70 anos.


Como se não fosse suficiente, além de todos os pontos citados, o avanço da idade geralmente é acompanhado pela perda de sistemas de apoio social, devido à morte de um cônjuge, irmãos e amigos, aposentadoria ou mudança de residência, saída dos filhos de casa.


Todas essas mudanças na rotina de uma pessoa idosa e com o fato de que as pessoas idosas tendem desacelerar, até mesmo por já estarem cansadas para realizar algumas atividades em alguns casos, médicos e familiares podem não perceber os sinais de depressão. Como resultado, o tratamento eficaz costuma ser adiado, forçando muitas pessoas idosas a lutar desnecessariamente com a depressão.


Principais fatores de risco para a depressão em idosos:

  • Ser mulher

  • Ser solteira, divorciada ou viúva

  • Falta de uma rede de apoio afetivo

  • Eventos estressantes, como problemas financeiros

  • Condições físicas como derrame, hipertensão, fibrilação atrial, diabetes, câncer, demência e dor crônica

  • Certos medicamentos ou combinação de medicamentos

  • Danos à imagem corporal (amputação, cirurgia de câncer ou ataque cardíaco)

  • História familiar de transtorno depressivo

  • Medo da morte

  • Isolamento social

  • Tentativas anteriores de suicídio

  • Perda recente de um ente querido

  • Abuso de substâncias

  • Insônia

Síndrome do ninho vazio e aposentadoria

A síndrome do ninho vazio é um sentimento de tristeza e solidão que os pais podem sentir quando seus filhos saem de casa pela primeira vez, para morar “fora de casa”. Não é uma condição clínica e costuma ter data para acabar, mas enquanto dura pode agravar quadros de depressão e ansiedade.


A aposentadoria, embora esperada por muitos, também pode ser gatilho para uma súbita sensação de inutilidade. Afinal, “sem filhos para cuidar ou horário de trabalho para cumprir, para que eu sirvo?”, podem pensar algumas pessoas que chegaram à terceira idade e se depararam com esse dilema.


Então vai aí uma notícia bombástica: ainda há muito que fazer. A diferença é que talvez agora você possa focar naquilo que quer e não no que precisa. Exercite seu cérebro, aprenda uma atividade ou língua que sempre quis e nunca teve tempo, viaje, encontre os amigos ou faça novos amigos.


Cora Coralina publicou seu primeiro livro aos 75 anos. Envelhecer não é uma opção, mas ficar velha pode ser. Começar de novo garante que você seja sempre novata em algo, veja só que maneira excelente de celebrar os anos que se foram!


Envelhecer não é morrer. É curtir com mais responsabilidade, sabedoria e capacidade de dar valor àquilo que se tem e que se quer. Aproveite sem moderação!

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